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Médicos Católicos da Ucrânia pedem o fecho do espaço aéreo ucraniano

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“Para que as bombas não caiam sobre nós!” 

Fazendo eco dos apelos do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o presidente da Associação de Médicos Católicos da Ucrânia (AMCU), Ivan M. Luts, pede o fecho do espaço aéreo ucraniano à aviação.

Em resposta a uma mensagem enviada pela Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP) à congénere ucraniana,Ivan M. Luts apela: “Pedimos-lhe que contacte urgentemente o seu Governo e os Governos de outros países - precisamos de fechar o espaço aéreo sobre a Ucrânia para que as bombas não caiam sobre nós!”.

A Direção Nacional da AMCP, na pessoa do presidente, José Diogo Ferreira Martins, fez saber a proximidade espiritual e a disponibilidade de colaboração com a associação profissional católica ucraniana nos seguintes termos: “Não podemos evitar ficar profunda e pessoalmente tocados pelo horror que o povo ucraniano está a viver. (…) Se houver algo - para além de rezar e jejuar - que possamos fazer para tentar aliviar as vossas dificuldades e as das vossas famílias, por favor, avisem-nos. Conhecemos muitas pessoas que viajam para a Polónia com medicamentos e roupas e regressam com refugiados, pelo que pode definitivamente ser arranjada alguma ajuda”.

O relato que chegou por e-mail da Ucrânia em resposta à mensagem da AMCP é desolador: “Estamos a atravessar o 18º dia da terrível guerra.  O inimigo já destruiu, arrasou, muitas cidades e aldeias, destruiu hospitais e escolas, matou mais de 10.000 civis, matou ou deixou órfãs milhares de crianças.  Esta noite, 13 de março, no dia de Nossa Senhora de Fátima Mãe de Deus, terroristas russos dispararam 30 mísseis de cruzeiro do Mar Negro para a nossa região, o Centro Internacional de Manutenção da Paz - o maior da Europa, a 35 km da nossa cidade de Lviv e a 15 km da fronteira com a União Europeia e dos países da NATO.  35 pessoas estão mortas e 135 feridas”.

“Nós, pessoalmente, não precisamos de nada” – escreveu Ivan M. Luts – “Oramos e pedimos a Deus que o inimigo não lance bombas sobre a nossa cidade histórica (Lviv), que civis, que crianças, não morram, que igrejas e monumentos antigos não sejam destruídos, como tem acontecido noutras cidades da Ucrânia”.

Na mensagem da Direção Nacional da AMCP ao presidente da AMCU são lembrados os laços e amizade e profissionais entre Portugal e a Ucrânia: “Como deve saber, existe uma grande comunidade de ucranianos a viver em Portugal, desde há três décadas. Muitos de nós somos amigos ou colegas de trabalho do povo ucraniano”.

A mensagem aos ucranianos termina com uma nota de fé e de esperança: “Nestes tempos terríveis, sentimos mais profundamente os laços de fraternidade que nos unem, em Cristo, nosso salvador. No final, Ele vencerá. E, com Ele, todos nós. Porque o mal não prevalecerá”.

15 de março de 2022

http://medicoscatolicos.pt/

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