A primeira agência de viagens, turismo e peregrinação a abrir portas na Cova da Iria celebra hoje, 1 de abril de 2021, as bodas de ouro (1971). Fundada pelo casal Albino e Celeste Frazão, a Verde Pino mantém-se sob a administração da família, agora sob a coordenação das filhas Rosário e Alexandra e de dois netos, Afonso Carreira e a irmã Francisca Carreira, os filhos mais velhos de Alexandra Frazão.
Num contexto atual, reconhecido como desafiante, Afonso Carreira anuncia que “para o futuro apostamos em campanhas de promoção não só nos mercados com os quais já trabalhamos, mas sobretudo para mercados que ainda não visitam Fátima ou que ainda não têm tanta expressão, nomeadamente no continente americano, asiático e europeu”.
“Orgulhamo-nos de ter o turismo religioso como a nossa base, mas trabalhamos também com o turismo cultural, experiências, gastronómico e de herança judaica. Isto para quem nos visita de fora, onde temos uma contratação direta muito sólida em Espanha e França, bem como parcerias com operadores nos mais diversos países do mundo”, explica.
Breve história da Verde Pino
“Naquele tempo era tudo muito mais fácil. A abertura da Verde Pino foi um dia normal. Veio cá a Direcção-Geral de Turismo, abriu-se a porta, recebemos o alvará e aqui ficámos a trabalhar”, recorda Celeste Frazão, que continua a trabalhar na empresa. O marido, Albino Frazão, grande alma e promotor da Verde Pino, falecido em 2020, era funcionário bancário. Reconhecido pelo seu dinamismo em várias áreas a nível local, nacional e internacional, Albino Frazão tinha como lema para a Verde Pino: ‘Somos servidores do templo, estamos aqui para atender as necessidades dos peregrinos’.
Cabia a Celeste Frazão tomar conta do dia a dia da empresa. “Os clientes eram poucos no princípio, mas depois foram aumentando”, recorda, mostrando-se agradecida a todos quantos os ajudaram na construção do negócio; “tive muita ajuda, muitos amigos”.
Na primeira década, a Verde Pino trabalhou a área de balcão, com a reserva e venda de bilhetes individuais de comboio e avião, para as famílias locais e para os membros das congregações religiosas; e a área incoming, com grupos vindos do estrangeiro em peregrinação a Fátima. Alexandra Frazão recorda que “os primeiros peregrinos da empresa na área de incoming foram belgas e holandeses, grupos de 200/300 pessoas, vinham por meio da congregação dos padres Monfortinos, porque eles tinham um secretariado de peregrinações”.
Em 1979 a Verde Pino cresce, adquire um segundo espaço na Cova da Iria, e integra o sector das viagens e peregrinações de portugueses ao estrangeiro (outgoing). Este novo departamento ficou sob a coordenação de Rosário Frazão. A primeira peregrinação teve como destino a Terra Santa, a 21 de junho de 1979. Com o tempo, a Verde Pino chegou a fazer 30/40 viagens por ano à Terra Santa e depois a outros destinos, como Lourdes, Santiago de Compostela e Czestochowa, em certo momento com voos charter ao serviço da agência.
1 de abril de 2021